quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Materialise I&D

Descubra os Segredos de um Stradivarius

Frohlich B., Strum G., Hinton J., Frohlich E. – Smithsonian Institution

No mundo do fabrico de instrumentos musicais, o nome Stradivarius é universalmente associado ao mais famoso criador de violinos da história. Os investigadores neste caso questionaram-se sobre o que torna este violino tão único. Para descobrir, decidiram investigar as características mecânicas em 47 violinos. Escolheram o Mimics e o 3-matic para encontrar distâncias precisas, volumes, densidades e espessuras.

Tendo em conta o alto valor cultural e histórico do instrumento era impossível aos investigadores manipular o instrumentro de qualquer forma. A necissidade de um método não evasivo e não destrutivo levou-os à Tomografia Computurizada. Para analisar o resultado das réplicas digitais escolheram o Mimics Innovation Suite.

O software permitiu fazer uma reconstrução virtual em 3D dos artefactos digitalizados com o mínimo de esforço. Obtiveram 31 distâncias lineares a partir da superficie externa de cada violino. A equipa comparou esses resultados com valores recolhidos por outro investigador que usou o instrumento real para o efeito. Descobriram que as medições obtidas com o Mimics eram extremamente precisas e coincidiam perfeitamente com as medidas reais. Além disso, graças ao Mimics, também foi possível obter 3 medições de volume por instrumento: o volume de material utilizado para a sua construção, o volume do corpo do violino e o volume da massa de ar dentro do corpo.

A análise quantitativa demonstrou uma pequena variação no volume de ar no corpo do violino e uma grande variação no volume da madeira usada na construção do corpo. Stradivari trabalhou para manter o volume de ar tão constante quanto possível, no entanto a tendência na construção ao longo do tempo moveu-se na direcção do uso de uma fina placa de madeira.

A análise da espessura de cada violino estava limitada à resolução dos scans CT uma vez que a madeira era bastante fina em algumas zonas. Felizmente o 3-matic possibilitou analisar a variação da espessura da madeira, apresentando em diferentes cores as diferentes espessuras com os valores mais baixos a verde e as zonas mais espessas a vermelho de acordo com o intervalo seleccionado. Estas análises demonstraram uma evolução ao longo dos anos partindo de placas mais espessas para mais finas, garantido a solidez e estabilidade do instrumento. As análises obtidas com o 3-matic permitiram evidenciar áreas que haviam sido reparadas no passado, através do uso de adesivos colocados na superfície interior.

As análises preliminares sobre a densidade do material revelaram excelentes resultados que serão incluidos no estudo final sobre os 47 instrumentos. Digitalizar artefactos e importar os dados no Mimics é a melhor forma de realizar estudos não-evasivos e não-destrutivos.